terça-feira, 12 de outubro de 2010

Anjo da madrugada

Ela sorri e eu me ilumino por dentro
ela banca a timida e me deicha em chamas
deichando transparecer o melhor de mim
em palavras seria dificil descrever tal beleza
que supera a de helena de troia ou afrodite
nem mesmo o céu e as estrelas possuem tal beleza
nem os melhores musico conseguem fazer uma sinfonia
tão bela quanto o leve susurro de sua vóz
é de talentos tão belos que me faz sentir como um recem nascido
me tem em suas mãos com um só olhar
meu anjo, minha inspiração,minha vida.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Homenagem aos que se foram

1 de janeiro de 2010

Meu descanso começa na dor
Enquanto a terra me engole sem pudor
Minhas verdades, minhas angustias suprimidas
Agora na terra estão escondidas

Nas lamurias de um amor que perdi
De alguém que não conheci
Nas ondas de meu ser inferior
Agora só a terra ouve meu clamor

Eu me despeço em pensamentos
Eu me vejo petrificado como um monumento
Algo histórico, trágico, e sincero

E aos que amo me despeço
Solitário nas entranhas da terra
Esperando uma pequena e singela brecha

Aos poucos me falta o ar
E os sentidos eu perco ao desmaiar
E quando penso que o fim vai chegar
Um anjo vem me resgatar

Não com suas belas asas ou olhar angelical
Mais sim com botas grandes e bondade real
E com sua força me tirou da terra
De onde meus medos agora repousam nela

Obrigado! Não consigo dizer
Minha garganta esta rouca
E sem forças para agradecer

Enquanto me carregam para outro lugar
Vejo o anjo continuar e outras vidas salvar
Bombeiros e pessoas de bem a trabalhar

Acordo dias depois no hospital
E descubro como a vida não é tão mal
Sentado no meu quarto eu agradeço
Obrigado Deus ouviu o meu apelo

janela

Na janela do meu quarto
Eu a vejo passar
Sempre tão bela como um retrato
Eu então me perco a pensar

Nomes não definem tal beleza
E nem os anjos tem forma igual
E mesmo diante de minhas incertezas
Continuo a deslumbrar o seu visual

Amor platônico, tímido e inocente
Que como um espinho arranha meu peito
Doloroso e consciente

Na janela eu sonho com o que não posso ter
Esperando a vida passar ou enlouquecer
Na janela eu sonho com o que não posso ter

tempo do tempo

Olhando o lago das memórias perdidas
Vivendo o passado, e as alegrias esquecidas
Chove de tarde nasce no verão
Cresce na primavera e aprende uma lição
Mora no outono onde vive só
Morre no inverno para retornar ao pó
Secando as lagrimas das pessoas
Esqueci de secar as minhas
E as feridas que sangravam como garoa
Eu sempre pensei no bem da rainha
Anjo vingativo e de péssimo humor
Destrutivo como a chuva
Poderoso como os trovões do senhor
Arrogante esqueci de minha alcunha
Passado presente futuro são todos iguais
Se os mesmos erros você comete sem pudor ou mais
Não tenho por que correr!
O tempo que me espere até morrer
A eternidade é pra quem busca morrer por ela

Estranhos conhecidos

Estranho procurar as respostas de minhas perguntas
Em rostos desconhecidos, mais acolhedores
Doce armadilha do destino
Trazendo-me de volta aos eixos
Enquanto eu me perco em minhas próprias lamurias
Discretas, e exageradas, silenciosa e barulhenta
Confusa e acolhedora
Você abre os braços e diz: “tudo bem”
Você não entende e não quer entender
Não precisa e não liga
Tornou-se meu vicio favorita
Minha droga e meu remédio
Insegurança dos tolos carentes
Vivemos por viver sem limites
Sem fronteiras, me beije como nunca
E me mate de uma vez
Queime-me até não restar mais nada
Abrace-me e não diga para ter calma
Rejeite meu ser
Liberte meu espírito!

O MANTO

Tão leve o som do piano!
Levando-nos a recantos ocultos de nossas mentes.
Sentindo o peso do mundo em minhas costas
Vivendo como uma folha solta do galho
As lagrimas das pessoas são salgadas
E o orvalho da manhã me deixa extasiado
Há tempos não contemplo o amanhecer
Há tempos a noite é meu manto de dor e proteção
Um dia andarei nos dois mundos que me separam
Sem medos, sem culpa, sem dor.
Mas até la, a noite cobre seu manto protetor
Sobre minha verdadeira face desnuda
Enquanto eles gritam queimem no.

O QUE RESTOU DE NÓS?

Sentado as vésperas do fim eminente do que restou de nós
Eu vejo e não entendo suas reações
Pensando em vidas que parecem melhor
Vivendo coisas que não se nomeiam por si só
As gotas de chuva insistem em cair
E as parábolas do tempo sempre vêm a me ensinar
Tudo me pode, mas nem tudo me convém
Todos me tocam, mas só seus olhos me contem
As vésperas do fim eminente do que restou de nós

A noite passada

Você me deixou tão sozinho a noite passada!
Estamos nos divertindo agora?
Meu anjo sem rosto,
Trocamos beijos imaginários
Procurando a toda madrugada
Fiquei sozinho, pobre alma
Mas agora tenho você pra me trazer à luz
Estou sozinho as Quatro da manha
Meu apartamento parece tão vazio
Estou sozinho as Quatro da manha
Meu coração parece tão apertado e vazio

Nitidamente em seus olhos!

Feche seus olhos nas canções antigas do meu clamor
Nostálgica força que nos move um para o outro
Sempre somos carregados por essa onda e não sabemos
Dois continentes se chocando em um mundo de caos
As minhas dores são as suas o seu prazer é o meu
Os ventos moldam as cicatrizes em minhas costas
Feitas por você e esse louco amor verdadeiro
Nas nuvens vejo seu rosto
Nas estrelas teu olhar
Mas eu estou sozinho a te esperar
Eu não consigo respirar, é engraçado você parece ser o meu ar
E meu consolo desse mundo perdido em si mesmo.

É sempre assim!

Chove no meu rosto
Eu não quero parar
Estou indo direto para um beco sem saída
Estou indo direto para as correntes que tanto fujo
Chorando lagrimas de sangue
Eu me levanto enquanto o chão parece não estar la
Amor, amor me escreva de onde estiver
Mande noticias que agradem meu coração
Mate me se não estivermos juntos
E perdoa-me por ser o mais egoísta de todos.

A força dos homens é a sua verdadeira fraqueza!

A força dos homens é a sua verdadeira fraqueza!
O amor que tanto nos renova, e nos motiva
Também nos feri a carne como as garras de uma besta fera vorás!
E meu sangue agora parece água, enquanto as palavras me açoitam
Meu olhar parado agora demonstra o quão vulnerável sou diante de tua agressão
E eu sentado me calo para não parecer mais fraco do que o necessário para nós
Enquanto você se levanta e saia sem olhar para traz
O vento que atravessa o heliponto fazendo uma pituca de cigarro rolar pelo chão
As nuvens pareciam calmas e tristes, e logo se uniram para tornarem-se tão sombrias quanto meu coração. Os pássaros voavam para se esconder da eminente tempestade de sentimentos que ali se formavam. Enquanto eu olhava descrente o meu mundo desabar.
A força dos homens é a sua verdadeira fraqueza!
Mas não há morte sem vida!
Nem trevas sem luz!
As palavras machucam até o homem mais forte, o que direi eu que não me igualo em tal patamar? Só pude assistir sem reação as placas tectônicas que constituíam meu mundinho seguro, se chocarem e me mostrar à dor.
A força dos homens é a sua verdadeira fraqueza!